Nós não somos donos do Wal-Mart. Nós não herdamos o Wal-Mart quando nascemos. Nós não pegávamos comida de graça no Wal-Mart quando pequenos. Nós não éramos donos do Wal-Mart quando enfrentamos o governo por um pedaço da terra alheia. Também não éramos donos do Wal-Mart quando começamos a plantar laranjas nessa terra. E continuamos não sendo donos do Wal-Mart quando as laranjas deram um lucro pequeno, apenas para nossa sobrevivência.
Mas o dono do Wal-Mart também não nasceu dono do Wal-Mart. E pode-se dizer que permaneceu assim por um bom tempo. Afinal, o dono do Wal-Mart não era dono do Wal-Mart quando aprendeu o valor do trabalho. O dono do Wal-Mart não era dono do Wal-Mart quando vendeu sua primeira laranja. O dono do Wal-Mart não era dono do Wal-Mart quando usou o dinheiro da laranja para comprar mais laranjas. E o dono do Wal-Mart também não era dono do Wal-Mart quando comprou uma fazenda e investiu o dinheiro de suas plantações.
O dono do Wal-Mart nunca foi muito diferente da gente. Pois é aí que percebemos que a única diferença entre o dono do Wal-Mart e nós é o que fazer com as laranjas. Enquanto nós jogávamos as laranjas nos donos do Wal-Mart da vida clamando por justiça, o dono do Wal-Mart usava as laranjas para tornar-se o dono do Wal-Mart. Como a vida é injusta.
terça-feira, 22 de abril de 2008
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2 comentários:
ótimo! e pensar que eu ainda faço faculdade pra saber como usar as laranjas.. tsc tsc
ele usava OS laranjas!
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